Do que são feitas as relações humanas? O que faz com que um homem e uma mulher decidam dividir sua vida, estabelecer um relacionamento duradouro, formar uma família? São questões que incomodam a humanidade desde os tempos mais remotos e que o teatro, claro, não poderia deixar de se debruçar. Sob o rótulo de “comédia romântica”, muita coisa já foi escrita e muitas plateias já se divertiram e se emocionaram.
O texto “O Submarino”, de autoria da dupla Miguel Falabella e Maria Carmen Barbosa, não é diferente. Nele um casal comum se vê às voltas com as agruras de seu relacionamento. São duas pessoas que se amam bastante, mas cujas diferenças fazem com que volta e meia se separem e retornem para os braços um do outro, quase como naquele famoso filme de Bergman, “Cenas de um casamento sueco”. A diferença é que as incompatibilidades do casal são tratadas com muito humor e uma boa dose de ternura, como convém a toda comédia romântica que se preze. O texto parte do seguinte mote: o casamento é igual a um submarino, foi feito para afundar, mas as vezes boia. Fazê-lo boiar, eis a grande questão.