Belo Horizonte é o destino final da turnê do grupo de teatro de bonecos Giramundo.
As apresentações, que comemoram os 50 anos do grupo, acontecem nos dias 10 e 11/12 no Parque Municipal e são gratuitas.
Com patrocínio da Petrobras, a turnê Miniteatro Ecológico já passou pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo, Distrito Federal, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
O Giramundo, que completou meio século de existência em meio a uma pandemia, se viu pensando nos recomeços e desejos por reencontrar a estrada.
Através do edital Petrobras Cultural, o grupo conseguiu viabilizar a turnê, um processo em que concorreu com cerca de 600 projetos culturais de todo o país.
Destes, apenas 15 foram selecionados. Assim, fruto da parceria com a Petrobras, o “Miniteatro Ecológico” segue para rodar o Brasil.
O projeto conta com a consultoria científica da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte e da bióloga Valéria Tavares, texto e direção de Ulisses Tavares e trilha sonora assinada pelo “O Grivo”. “O “Miniteatro Ecológico” é um programa de educação ambiental itinerante dirigido ao público infantil.
A série atua para a formação de uma consciência sustentável, ecologicamente responsável, sensibilizando a criança para o mundo natural, seus seres vivos, e a necessidade de se cuidar do meio ambiente” explica Ulisses Tavares.
Os biomas brasileiros e os problemas ambientais são o tema central da dramaturgia de cinco espetáculos, originalmente produzidos entre 2002 e 2006: “O Aprendiz Natural” (2002); “Mata Atlântica” (2003); “Cerrado”, “Amazônia” e “O Jardim Botânico” (2004); “Caatinga” (2006).
A ideia de um teatro em miniatura foi concebida por Álvaro Apocalypse, fundador do grupo, em 1992, com o objetivo de apresentação em escolas.
Com os menores bonecos do Giramundo, a coleção de marionetes do Miniteatro Ecológico é numerosa: composta de animais originários das vegetações retratadas e personagens do folclore brasileiro. “Há no processo de todas as montagens, uma estrutura recorrente de composição.
Por exemplo, a participação de um ser mitológico brasileiro que atua nos enredos.
Ele faz parte do imaginário popular e da própria história sobre o meio natural do país. Temos a presença do Saci (Aprendiz Natural), o Curupira (Mata Atlântica), a Mula-sem-cabeça (Cerrado), a Mãe D'Água (Amazônia), o Lobisomem (Caatinga)” explica Ulisses.
As trilhas sonoras dividem o enredo com elenco ao vivo. Um estilo musical por região é apresentado ao público – Samba (Mata Atlântica), Caipira (Cerrado), Carimbó (Amazônia) e Repente (Caatinga). “O Miniteatro Ecológico tem o humor como base de suas apresentações.
Os textos dão voz aos humanos e sobretudo, a fauna, que expõem suas dificuldades em situações recheadas de gags e críticas”, finaliza Ulisses.