Para o respeitável público, mais um sopro de arte e cultura em tempos de isolamento social. É com a proposta de manter vivos o hábito e a potência do teatro, que o projeto “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” reúne três montagens para apresentações on-line e ao vivo, nos meses de junho e julho. A proposta é oferecer ao público espetáculos dotados dos mesmos rigores técnicos aplicados nas apresentações presenciais, em um palco especialmente preparado com sistemas especiais de vídeo, iluminação e sonorização, que vão assegurar ao público a melhor experiência, com todo o respeito que o teatro merece.
“A ideia surgiu da necessidade de criar alternativas para que tanto os artistas tivessem oportunidades de seguir promovendo a sua arte, quanto para o público, de manter-se conectado com a promoção de espetáculos teatrais. Muitas iniciativas similares vêm sendo realizadas desde que foi implementado o isolamento social, entretanto nenhuma delas tinha ainda se disposto a fazer investimentos para que os espetáculos fossem transmitidos em seus formatos originais, com cenografia e sistema de iluminação, que só o palco de um teatro pode oferecer. A proposta é manter a “liturgia” que existe na fruição de espetáculos artísticos em que artistas e plateia se “encontram” em um momento único e sublime”, explica Marisa M. Coelho, diretora da Pólobh.
A primeira edição do “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” contará com três espetáculos solo, prontos para entrar em cena. A bem humorada “Os vilões de Shakespeare”, com o ator Marcelo Serrado (27/06), a comédia “E foram, quase felizes para sempre”, assinada e estrelada por Heloisa Périssé (11/07), e a montagem “Não sou feliz, mas tenho marido”, encenada por Zezé Polessa (25/07). “Considerando a característica do projeto, virtual, buscamos reunir artistas bem populares, reconhecidos pelo grande público e com forte presença nas redes sociais (Marcelo, Heloísa e Zezé, juntos, tem mais de 3 milhões de seguidores), para que os espetáculos alcancem o maior número de pessoas possível. Além disto, pretendemos também oferecer à nossa plateia espetáculos de diferentes estilos e linguagens”, explica Marisa. As apresentações acontecerão no Teatro Claro Rio e as exibições serão ao vivo, pelos canais no Youtube do Sesc
em Minas (SescemMinasGerais) e do Teatro Claro Rio (TeatroClaroRio), sempre às 20h30. O acesso às transmissões será GRATUITO e durante as apresentações o público poderá fazer doações (via QR Code) para o Mesa Brasil Sesc, programa de combate à fome e ao desperdício de alimentos promovido pelo Sesc, em uma edição especial em benefício das campanha “APTR ao Lado do Trabalhador de Teatro” e “Salve a Graxa BH” que estão oferecendo apoio ao sustento de profissionais do setor teatral que estão impedidos de exercer suas funções durante a pandemia. Os espetáculos contarão ainda com tradução simultânea de libras e áudio transcrição para garantir o acesso das pessoas com deficiências auditivas e visuais.
“Com o isolamento social e o cancelamento das apresentações, só no Rio de Janeiro, são cerca de 5 mil profissionais que trabalham com teatro, desempregados. Ainda não podemos afirmar, com certeza, se vamos retornar aos palcos neste ano, pois o cenário ainda é muito incerto, para todos os setores. Mas projetos como o “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” são alternativas para suprir, em parte, essa necessidade, tanto dos profissionais, quanto do público, até que possamos voltar à normalidade. O que não pode acontecer é perdermos o fôlego. Por isso, a cultura do país inteiro precisa unir esforços”, diz Eduardo Barata, presidente da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro.