Fomentar e difundir o diálogo da arte contemporânea com o universo tecnológico.
Esse é um dos motes da mostra gratuita Arte Cibernética – Obras da Coleção Itaú Cultural, que será aberta a visitações em 15 de junho (quinta-feira), nas galerias Genesco Murta, Arlinda Corrêa e Mari’Stella Tristão, do Palácio das Artes.
A exposição traz obras interativas, e promove o encontro do espectador com a linguagem presente em produções tecnológicas, oferecendo ao público mineiro outras formas de pensar o fazer artístico.
Com curadoria do Instituto Itaú Cultural, a exibição reúne onze obras de diversos artistas e reforça a parceria da Fundação Clóvis Salgado (FCS) com a instituição.
A mostra aponta para as novas possibilidades criativas da cena contemporânea a partir de um olhar das novas mídias e dispositivos que expandem a própria percepção da interação entre as obras expostas e a recepção.
Para fruir os conceitos que permeiam a Arte Cibernética – Obras da Coleção Itaú Cultural , a curadoria selecionou trabalhos dos artistas brasileiros Regina Silveira, Gilbertto Prado, Rejane Cantoni e Leonardo Crescent. Além deles, a exposição conta com o grupo de artistas belgas LAb[au], Camille Utterback (EUA) e Romy Achituv (Itália), Miguel Chevalier (México), Christa Sommerer (Austria) e Laurent Mignonneau (França), Jon McCormack (Austrália) e Edmond Couchot e Michel Bret (ambos franceses).
De acordo com Sofia Fan, gerente do Núcleo de Artes Visuais do Itaú Cultural, a instituição “mantém o propósito de circular este acervo entre os diferentes públicos e promover ações que permitam conhecer a produção e pesquisa dos diversos artistas que trabalham com a arte e tecnologia trazendo a poética como foco e linguagem e assim expandir o acesso a este campo da produção artística”.
As 11 obras que o Palácio das Artes recebe não são apenas para contemplação.
Exigem a presença, o toque, o sopro e até mesmo a troca de dados para revelar as suas verdadeiras poéticas.
Funcionam por meio da interação tanto com visitantes – como em Odisseia, da brasileira Regina Silveira – quanto entre os seus próprios softwares, a exemplo de Eden, do irlandês baseado na Austrália Jon McCormack, ambas recém incorporadas à itinerância.
Para Sérgio Rodrigo Reis, presidente da Fundação Clovis Salgado, a exposição apresenta um panorama diverso e importante da arte cibernética produzida no Brasil e no mundo. “A curadoria permite um panorama diverso da produção contemporânea e leva aos espectadores trabalhos considerados de referência no segmento”, ressalta o presidente da instituição.
A relação entre tecnologia e cultura busca transportar os espectadores a uma compreensão histórica dessa linguagem artística, que segue em constante modificação. “A mostra tem por objetivo facilitar o acesso à diversidade cultural, além de contribuir para a formação de novos públicos, uma diretriz permanente da Fundação Clóvis Salgado”, explica Sérgio Rodrigo Reis.