Rafael Prado, natural de Porto Velho, Rondônia, reside atualmente no Rio de Janeiro e aciona uma memória afetiva com a natureza para criar sua nova exposição.
O título da mostra individual que chega em Belo Horizonte é “Lembro das árvores de quando eu ainda nem era nascido”. Ele trabalha com pintura e temas de cunho social e revela: “O título vem de uma memória de infância que eu tenho. Lá em Porto Velho tem uma capela, quase que da fundação da cidade e eu lembro que minha mãe um dia me levou para um passeio histórico nessa capela e eu senti que já conhecia aquele lugar. Só que na lembrança que me ocorreu, a capela era de outra cor e tinham muitas árvores grandes em volta. E quando visitei quando criança, já não era assim. É inspirado em uma memória anterior a mim. É uma memória ancestral”.
Em sua obra, o artista traz imagens do cotidiano da região combinadas com o misticismo. Além de enquadramentos de paisagens da Amazônia, o pintor também vai apresentar uma série de imagens antropomórficas, cujo os personagens são ativistas do meio ambiente desenhados como árvores.