Topofilia é uma exposição que explora o espaço onde habitam as coisas. Expressa também a relação afetiva que estabelecemos com os lugares. Sabemos que ocupar um espaço branco é um ato provocativo à criação. Isto se aplica ao escritor diante da folha branca, ao artista diante da tela e também ao espaço vazio da galeria. A arte abrange complexas tramas onde as instâncias que a ela pertencem – artista, espectador, colecionador, curador, produtor e crítico – são inclinadas a fazer parte do jogo.
A aproximação, num espaço expositivo, de obras e artistas tão distintos em sua técnica e estética como Breno Barbosa, Gilda Queiroz, Heloisa Brandão e Miguel Gontijo, teve como pressuposto a disposição afetiva e generosa da criação e do trabalho coletivo. Madeiras colhidas ao acaso e tratadas com amor, fragmentos de conversas e de silêncios, cores, sonhos e monstros habitam essa composição. Um jardim, uma paisagem urbana ou uma ilusão? O que pensar? O que sentir? Estendemos ao público o convite para viver o devaneio da topofilia.