A Galeria de Arte do Minas II recebe, entre os dias 5 julho e 5 de agosto a mostra “Inserções no tempo”, de Jean Belmonte. Composta recortes de jornais e livros pintados com tinta spray e nanquim, colados sobre papel somando 33 obras em formatos diversos.
Segundo o artista, o título da exposição é “observação de que somos partes do tempo. Estamos inseridos nele. Estamos vivendo, experienciando, modificando e sendo modificados pelo tempo”, explica Jean.
A Galeria de Arte do Minas II fica na avenida dos Bandeirantes, 2.323, na Serra, e fica aberta de segunda a sexta-feira, das 6h às 22h; aos sábados, das 6h às 20h; e aos domingos e feriados, das 6h às 19h.
O vídeo da visita virtual da mostra será exibido no canal oficial do Minas Tênis Clube no YouTube, no dia 8/7, sexta-feira, às 18h.
O principal objetivo da exposição é “aproximar o observador da obra através dessa experiência temporal, onde a forma, aliada ao movimento plástico da cor, ambas aplicando suas forças na impermanência da matéria, constroem novas vivências e interpretações”, diz Jean.
O artista ressalta que os recortes e as pinturas nos jornais e nas folhas dos livros são como inserções no tempo e para afirmar que diferentes materiais podem ser utilizados na arte. “Utilizo objetos não usuais para mostrar que todos os tipos de materiais podem ser reutilizados e transformados em arte”, conta.
Com traços geométricos que trazem a ideia de racionalidade, as obras da exposição convidam o visitante pensar sobre questões como a inconstância e a fragilidade de todas as coisas. “As obras são frágeis, delicadas.
O jornal é uma matéria fina, translúcida. É um meio de comunicação quase em desuso, e as folhas dos livros são como sobreviventes deste tempo célere e quase inteiramente digital.
Com essa exposição eu tento fazer um desvio deste mundo caótico e apressado que vivemos, ao mostrar que mesmo materiais tão frágeis, podem ser reaproveitados e terem sua existência prolongadas através da racionalidade da geometria”, observa Jean Belmonte.
O artista deseja estimular o visitante a navegar nas questões temporais que sua obra aborda. “Os estímulos e emoções emitidos pelas obras apresentadas nesta exposição mantêm-se agregados à conformidade da cor e da forma, e a matéria esquecida, sem brilho e lugar próprio, encontra no modelo geométrico a construção de um espaço híbrido, contínuo e lógico.
Portanto, gostaria que percebessem, principalmente, que o papel da geometria aplicada ao objeto efêmero é fundamental para trazer ao objeto maior permanência”.