Potência e brutalidade.
A exposição "Três Tempos", de Julia Arbex, destaca o carvão como matéria-prima enquanto devaneia sobre temporalidade.
Presente no mundo antes mesmo dos seres humanos, o carvão é um material versátil.
Na exposição, esse material é a base de duas séries de obras que dialogam com o transitar de placas tectônicas e seu poder de transformação e reconfiguração.
Em "Deslocamentos continentais", cada desenho é resultado do deslocamento da massa de carvão, transferida e reconfigurada de um primeiro desenho para o que agora são apresentados, através da água.
Já na série "Terra plana", recipientes de vidro apresentam mapas que foram transferidos para a água a partir de um desenho feito em carvão sobre papel.
Na mostra, a artista revela um desenho interessado não só na imagem, mas no corpo dos materiais e no encontro entre eles.
Pensando a geografia em transformação, tanto num sentido geológico quanto geopolítico, Julia Arbex elabora as obras que compõem a exposição “Três Tempos”.
A artista utiliza o carvão como matéria-prima para a construção do sentido de sua obra e elabora as transfigurações das placas tectônicas a partir do desenho e transferências do material.
No bate-papo sobre a exposição, a artista contará mais sobre seu processo de criação, o porquê do material escolhido, e ainda, suas referências e inspirações.
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