Movimento Armorial pretende realizar uma arte brasileira erudita a partir das raízes populares da nossa cultura.
Ariano Suassuna (1927-2014) publicou, em 1974, o texto com a base teórica do movimento que havia lançado quatro anos antes no Recife, durante o concerto “Três séculos de música nordestina – do Barroco ao Armorial”.
Já naquele evento, realizado na Igreja de São Pedro dos Clérigos, ele promovia a interação: o encontro não era só de música, mas também artes plásticas e literatura. “Ariano era uma pessoa séria, mas sempre manteve a leveza.
Este mundo tão polarizado é completamente diferente da proposta dele, que sempre quis juntar o erudito e o popular, nunca fazer a separação”, afirma Denise Mattar, curadora da exposição “Movimento Armorial 50 anos”, que será aberta nesta quarta-feira (22/12), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Belo Horizonte.