A Diretoria de Ação Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) confirmou que o 52º Festival de Inverno UFMG acontecerá ainda este ano.
Considerado um dos mais importantes e tradicionais eventos culturais do país, o festival será realizado entre 14 e 23 de setembro de 2020, com atividades online, gratuitas e abertas para todos.
Sob o tema “Mundos possíveis: culturas em pensamento”, o festival pretende organizar palestras, fóruns e apresentações artísticas com transmissão ao vivo pela internet. Também está sendo preparado o lançamento de publicações digitais e de uma mostra que promoverá intervenções nas ruas de Belo Horizonte.
A temática desta edição prioriza o diálogo entre pesquisadores, mestres da tradição, artistas, filósofos e estudiosos para, juntos, encaminharem a imaginação de mundos possíveis, mobilizados pelos impactos socioculturais da pandemia. “O festival existe há 54 anos. Houve apenas dois anos em que deixou de ser realizado. Nosso objetivo é manter o festival vivo, contínuo, como um espaço de criação e pensamento conectado com as pautas emergentes e com as propostas que apontam para o futuro.
O 52º festival vai acontecer, como um convite para aprofundarmos o quanto desta crise atual é resultado de concepções de mundo e valores culturais que precisam ser revistos. Um convite para pensarmos quais mundos possíveis podem emergir com a revisão desses valores e atitudes”, expressa o diretor de Ação Cultural da UFMG, Fernando Mencarelli. O evento estava previsto para ocorrer ente 14 e 21 de julho de 2020.
A equipe curatorial já havia iniciado o seu planejamento quando, em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo coronavírus. Foi preciso, então, reformular o evento. “Ele sempre teve essa característica de se reinventar, de ter espaço para encontrar formas e ideias para moldar o novo: temas, linguagens e discussões no âmbito das artes e da cultura.
Não podia ser diferente esse ano, diante dessa conjuntura que impõe vários desafios para o território cultural no mundo todo. Além de trazer essa discussão para o centro, estamos buscando novos modos de utilizar a tecnologia, não só para viabilizar as discussões, mas em relação às próprias criações artísticas que vão compor a grade do festival”, explica Mencarelli.