Durante os quatro dias do Carnaval, o Circuito Gastronômico de Favelas será uma das atrações da folia em Belo Horizonte.
A partir do sábado (10/02), o Palácio da Liberdade se transforma no Palácio do Samba e vai contar com uma programação musical e gastronômica - com a participação de oito cozinheiros do Circuito - que segue até a terça-feira (13/02).
O objetivo é enaltecer a cozinha, o samba mineiro e seus protagonistas. Todos os dias, das 12 às 20h, pratos do Circuito Gastronômico de Favelas poderão ser encontrados no Palácio do Samba acompanhados de rodas de samba, shows, apresentação de grupos vindos do interior e da velha guarda da capital, reunindo diferentes gerações do samba mineiro.
Com a participação de cozinheiros de diversas comunidades da capital, o Circuito Gastronômico de Favelas vai levar ao Palácio do Samba um menu composto apenas por receitas autorais, empoderando cozinheiros periféricos e levando para o público o melhor da culinária dos morros de BH. “É muito importante o Circuito Gastronômico de Favelas e o Samba ocuparem o Palácio da Liberdade, um lugar que era extremamente restrito e fechado.
Hoje o espaço está aberto ao público e pela primeira vez recebe a cozinha mineira periférica, o que é muito relevante para os cozinheiros.
Eles estão muito felizes de poder estar dentro do Palácio da Liberdade mostrando a cozinha feita por eles.
Isso é uma prova de que estão conseguindo atingir os seus objetivos, construindo inclusive a ABC Favelas, uma associação liderada por eles”, destaca Danusa Carvalho, idealizadora do projeto.
O Circuito Gastronômico de Favelas é incentivado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura com patrocínio da Gasmig.
Ao todo, oito cozinheiros estarão presentes com seus pratos no evento: “Feijoada Senzala”, receita elaborada pela Dirce, do Alto Vera Cruz; “Lanceta”, feito pela Lora, do Barreiro; “Língua Recheada com Arroz do Campo e Banana Chips”, preparação da Lia, da Barragem Santa Lúcia; “Pastel Trem de Minas”, criação do Diones, do Barreiro; “Frango com pó de quiabo”, elaborado pela Wanusa, do Morro do Papagaio; “Peixe frito” do Isaías, da Vila Conceição; “Bombons e tortas diversas”, da Alê Lucia, da Vila Aparecida; e o “Embolado Berrante”, da Marlene, do Taquaril.
Na programação musical, sambistas da capital e do interior sobem aos palcos e mostram que Minas Gerais tem samba no pé.
A grande reverenciada será a Velha Guarda mineira, que inspira gerações. Em destaque, Mestre Conga, que completou 97 anos no último dia 02.
O compositor ganhará espaço de honra na festividade que ocupará o Palácio do Samba durante os dias de folia.
A programação do Carnaval também traz novos nomes do samba e as mulheres que ditam o ritmo no estado.