Há uma década, o programador cultural António Pinto Ribeiro, escritor do livro "Questões Permanentes: ensaios escolhidos sobre cultura contemporânea", fez uma pergunta - Programar em nome de quê? Ainda do Humano?
O ensaio aponta questões àquela época sobre o que a história da programação nos diz, sobre a programação e seus objetivos de felicidade, sobre a programação cultural e sua falha frente aos desvios humanos como Auschwitz ou Angola.
Agora em 2021, temos vivido uma dezena de questões. Muitas delas sobre a nossa própria existência.
Sobre os rastros que temos deixado no mundo, sobre os retrocessos em que nos encontramos, mas também sobre tudo o que é possível.
Lançamos um convite às diretoras, curadoras, gestoras e programadoras culturais de diversos espaços dentro e fora da cidade de Belo Horizonte, à conversa conjunta sobre programar.Programação cultural, ainda é possível?
As janelas de transmissão serão abertas ao diálogo entre Clarisse Marinho, diretora de Extensão das Artes da Secretaria de Patrimônio Cultural e Turismo de Itabirito-MG; Karla Bittar Silveira, gerente de Cultura do SESI-Cultura, Keyna Eleison, diretora Artística do MAM - Museu de Arte Moderna-RJ e Milena Lago, gerente de Programação da Fundação Clóvis Salgado - Palácio das Artes e Serraria Souza Pinto.
Estamos ávidos pelas respostas, estejamos ainda mais ávidos às perguntas. São muitas, para que possamos compreender o que é possível à nossa volta.