Ainda que a certidão de nascimento de Danilo aponte a Bahia como estado natal, o eclético artista desenvolveu seu talento no caldeirão cultural que foi o Rio de Janeiro dos anos 1980.
Depois do consagrado pop punk do Forfun, da mistura de samba e bossa nova no duo daBossa com o violonista Jean Charnaux e do atual Braza que viaja pelos quatro cantos do país, o artista mais uma vez se renova em sua multiplicidade, mas dessa vez sozinho, pleno, tranquilo, como sugere o significado da cor que batiza o disco.
Música popular brasileira é genuinamente o que propõe Danilo neste trabalho que transita desde balanços como “Somos Um”, single de estréia, ritmos afro-brasileiros na suingada e crítica “Vai Cair” e no doce ijexá “Encontro de Almas”, no forró à lá Gilberto Gil em “Falar com Deus” e finalmente até o samba e a bossa nova em “Ao Lado Teu” e “Meu Jardim”. O álbum, com 12 faixas, também conta com dois duetos.
O baião arretado "Ai que Saudade”, com o cantor e sanfoneiro capixaba Felipe Peó, composto on-line durante a dura pandemia. O segundo em “Vou Voltar” com a cantora NêgaAmanda, que parece ter sido tirada de um disco dos anos oitenta.
Em tempos de urgência e fake news “Azul”, de Danilo Cutrim, é o resultado de um músico com um único comprometimento, o maior que pode haver na arte: a sua verdade.
Danilo apresenta Azul na íntegra e composições próprias que fazem parte de sua trajetória com banda. No palco, ele recebe a cantora Laura Catarina, filha do mestre Vander Lee que fará um duo na canção "Sentimento Blues" e em uma outra "surpresa" em homenagem a seu pai de quem Danilo é muito fã. "Ansioso pela recepção desse povo tão musical.
Me emociono com a ideia de mostrar meu disco na cidade de MIlton, Clube da Esquina e Toninho Horta", observa o artista. OS MÚSICOS | Sax e flauta - Lelei Gracindo (Milton Nascimento / Djavan) ; Baixo - João Moreira (Liniker / Bala Desejo / Musical Clube da Esquina) ; Bateria - Estevan Barbosa (Musical Clube da Esquina) ; Voz, violão e guitarra- Danilo Cutrim.