Monólogo escrito e encenado por Inês Peixoto (Grupo Galpão), conta a história de três mulheres em situações diferentes de vulnerabilidade, decorrentes da impossibilidade de autossustentação. No espaço cênico, apenas uma canoa - presente nas três narrativas - confere à encenação a simbologia de uma travessia que deve ser realizada. Em registro tragicômico, os relatos convidam o público a refletir sobre a necessidade de emancipação econômica da mulher e da importância do direito à escolaridade como requisitos básicos na luta contra a desigualdade de gênero. Por meio de relatos de vida de uma mulher vendida para prostituição ainda criança; de uma refugiada que luta pela própria sobrevivência e de seu bebê; e de uma empregada doméstica sonhadora, se torna possível visualizar um pequeno recorte dentro das tantas realidades de vulnerabilidade vividas por mulheres do Brasil e do mundo.