Reconhecido apenas em 2020 como Patrimônio Cultural Imaterial pela CDPCM-BH, a também conhecida como Vila Teixeira é um quilombo urbano, localizado em Belo Horizonte. Com mais de 70 anos de história, o quilombo abriga 33 moradores, mas teve seu início no século XX com apenas duas pessoas: o escravo liberto pela Lei Áurea Petrolino de Souza (1879) e a nascida livre Elisa da Conceição (1887). Após se casarem no interior de Minas, o casal veio para a capital, onde decidiram começar uma vida nova, com novos empregos e uma família na casa recém adquirida, onde um dia viria a ser o bairro Santa Tereza.
Segundo os moradores mais antigos, o local era "barroca", um despenhadeiro cheio de mto, mas foi onde a família limpou, construiu, plantou e transformou em lar, contribuindo assim para o processo de urbanização do local. O espaço abriga não apenas pessoas, abriga também um berço da cultura do povo escravizado, do povo negro, suas histórias, seus costumes e a resistência contra a escravidão e a opressão.