Jorge Ben Jor inaugurou Circuito Municipal de Cultura com sucessos
De óculos escuro, calça branca e camisa azul. Traje tradicional. Foi assim que Jorge Ben Jor apareceu para comemorar com Belo Horizonte os 122 anos. E, como era esperado, ele deu um presente a quem compareceu à Praça da Estação. Foram mais de duas horas de show, muitos hits e a certeza da importância que ele tem na história da música brasileira.
No palco com a banda do Zé Pretinho, Jorge é maestro. O tempo inteiro se relaciona com os instrumentistas. Entre os grandes sucessos do repertório estavam Jorge da Capadócia, Mas que nada, País tropical e o medley com Menina mulher da pele preta/O telefone tocou novamente/Que pena (ela já não gosta mais de mim).
Também teve homenagem a Tim Maia com Do Leme ao Pontal e outras. Todas as músicas foram animadamente traduzidas para a linguagem de libras.
Mais falante do que o habitual, Jorge Ben Jor contou que recebeu pedidos para incluir no repertório a música O namorado da viúva, do disco lançado em 1974. Assim fez e o público, claro, amou.
Performance
Antes de Jorge Ben Jor, o prédio da Estação Central foi colorido pela performance de vídeo mapping, Roda de Força. A criação dos artistas Ceci Soloaga e Ygor Marotta mistura animação 3D, áudio e narrativa. É uma homenagem ao Mestre Moa do Katendê, capoeirista e artista plástico morto em outubro de 2018.
No aquecimento da plateia para a chegada de Jorge, também teve DJ Black Josie. O setlist explorou diversas vertentes da black music, assim como derivações mais contemporâneas. Foi de James Brown a Duda Beat.
O Circuito
O show de Jorge Ben Jor no aniversário de Belo Horizonte marcou o início das atividades do Circuito Municipal de Cultura. A iniciativa tem por objetivo potencializar a programação cultural e artística de Belo Horizonte, por meio da valorização da produção local e de atrações relevantes do cenário cultural brasileiro, de forma descentralizada para atender a todas as regiões da cidade.
Em 2020, mais de 150 atrações artísticas e ações formativas nos setores do teatro, circo, dança, música, literatura, artes visuais, audiovisual e culturas populares vão ocupar os equipamentos culturais da Fundação Municipal de Cultura.
O Circuito Municipal de Cultura é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC).