Estátua de Lélia Gonzalez (1935-1994) no Parque Municipal, Considerada a primeira mulher negra a se dedicar aos estudos de raça e gênero no Brasil, a antropóloga belo-horizontina Lélia Gonzalez colocou a sua intelectualidade a serviço da luta das mulheres no Brasil e revolucionou o movimento negro. Ícone do feminismo negro brasileiro, Lélia Gonzalez é uma figura essencial para as ciências sociais do Brasil e do mundo. Autora dos livros “Lugar de negro” (1982) e “Festas Populares no Brasil” (1987), Lélia fundou em 1978, ao lado de outros militantes, o Movimento Negro Unificado (MNU), que em seu manifesto reivindicava o fim da violência e da discriminação sofrida pelos negros e exigia políticas públicas em benefício da comunidade afro-brasileira. Ativista, professora, filósofa e antropóloga, Gonzalez também foi pioneira ao tratar de ideias decoloniais, que questionam o pensamento intelectual eurocentrado e buscam valorizar povos africanos e latino-americanos.