“A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos”.
O trecho de abertura do manifesto Pau Brasil, escrito por Oswaldo de Andrade e publicado no jornal Correio da Manhã, em 1924, ainda inspira a contemporaneidade a pensar a cultura e o fazer artístico.
O poema do cotidiano, a vida como experiência, o lugar ocupado no mundo pelos sujeitos como potência, deglutição e transformação.
O manifesto como ação.
Esses e outros temas estão presentes no espetáculo inédito que a Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA) apresenta em comemoração aos 50 anos do corpo artístico, considerado um dos mais longevos e importantes do país. Intitulado “m.a.n.i.f.e.s.t.a.”, o trabalho ganha vida nos dias 5 e 6 de novembro, respectivamente às 20h30 e 19h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, e tem direção de Kenia Dias e Marise Dinis, que já fizeram parte da companhia como diretoras assistentes.
Os bailarinos da CDPA, como acontece desde 2000, são coautores da montagem.
A trilha sonora é assinada pela musicista Patrícia Bizzotto.
A entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados em www.fcs.mg.gov.br ou na bilheteria do Palácio das Artes.