Um menino danado – como lembram bem a mãe, o pai, as tias: não parava quieto, corria para todo canto, ligado na voltagem 220.
Isto até a banda começar a tocar. Filho do maestro da Filarmônica Leopoldino Gandra, banda tradicional da cidade mineira de Malacacheta, o menino William Alves só sossegava mesmo quando os instrumentos começavam a soar, sob a regência do pai.
Aí, toda a atenção e a energia se voltavam para a coisa meio mágica que é o fazer musical.
O William Alves que chegou aos 18 anos na capital para realizar o sonho do menino de Malacacheta de estudar música na UFMG e que aos 25 anos já tinha faturado um dos principais prêmios de arranjo e composição do país – o BDMG Instrumental, em 2017 – foi aos poucos dando lugar a uma nova persona: William Pajé, maestro da Babadan Banda de Rua, pesquisador dos ritmos afromineiros, e, agora, líder do grupo Pajé e a Nave, com o qual acaba de lançar o seu primeiro disco, “Pajé e a Nave Vol. 1”.
O disco estreou nas plataformas no dia 1º de novembro e no dia 12 será celebrado com show, no Teatro de Bolso do Cine Theatro Brasil, com ingressos a preços populares.
A festa será dupla, pois, no mesmo dia em que festeja o trabalho que ele considera como um filho no mundo, Pajé comemora seus 33 anos.