Capitão Fracasso, inspirado no romance homônimo de Théophile Gautier, escrito em 1863, é uma grande homenagem ao teatro e a todos que fazem do palco profissão, espaço de emoção, prazer e conhecimento.
Tendo como tema central os percalços enfrentados por uma trupe de teatro mambembe, o espetáculo discute a importância social do teatro; reflete sobre a situação do artista e as relações sociais a que está submetido.
A montagem já passou por festivais internacionais de teatro em países como Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México e Peru.
Ancorado em técnicas da commedia dell’arte e nos fundamentos da teoria brechtiana do distanciamento, em Capitão Fracasso o lúdico, a magia e o poético se irmanam com o crítico e o reflexivo, e através do riso e do dramático, o espetáculo homenageia a abnegação, a generosidade e a luta dos artistas cênicos.
Segundo Luiz Paixão, autor e diretor do espetáculo, a arte tem um papel de responsabilidade na sociedade. "Para mim, o teatro, a arte, têm necessariamente que estabelecer um diálogo franco e aberto com os problemas que nos afligem mais diretamente.
Isso não quer dizer um teatro panfletário, mas um teatro crítico e reflexivo", afirma.