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A-Mostra Lab. online

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De 22 a 27 de setembro acontece a 8ª edição da A-Mostra.lab, que neste ano completa 10 anos. Pela primeira vez nas plataformas digitais, o evento reúne 26 obras de teatro criadas por artistas de quatro estados brasileiros, nas categorias: Experimentos Cênicos, e as novidades desta edição, as categorias Leitura Dramática, Cenas curtíssimas e Radionovela.

O público assiste à programação pelo Youtube, seguida de bate-papo sobre os trabalhos exibidos a cada dia. As cenas curtíssimas e leituras dramáticas serão disponibilizadas também na aba vídeos do Instagram. Para a abertura, dia 22.09, quarta-feira, às 20h30, está prevista a transmissão do espetáculo “Destapando a boca da dor” da Cia Marginal de Teatro (MG), com bate-papo logo após, mediado pela atriz Neise Neves.

Nos demais dias da mostra, as apresentações começam sempre às 19h, seguidas de debate. Toda a programação da A-Mostra Lab. é gratuita. Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e possui o patrocínio da Thyssenkrupp. +Info.: www.amostralab.com.br “A-Mostra.lab. é um espaço para experimentação de novas possibilidades criativas, sem filtro”, explica Ramon Brant, coordenador de comunicação e um dos idealizadores do evento ao lado de Igor Ayres e Cris Diniz.

Segundo Ramon, o objetivo é que artistas interessados com ‘uma ideia na cabeça’, encontrem espaço para desenvolvê-la em contato com o público. “Mesmo que seja um rascunho de cena. Nossa proposta é criar um lugar democrático, aberto à diversidade, sem curadoria, e que aceita todo tipo de proposta no campo das artes cênicas”, afirma. Desde a criação da A-Mostra.lab., em 2011, essa é a primeira edição online. Para Ramon Brant, os desafios são muitos. “Entendemos a edição como possibilidade de construção de linguagem. É um lugar diferente, que não é o teatro.

A presença se dá de outra maneira, tanto de quem apresenta, quanto de quem assiste”. Outro aspecto bastante desafiador “é reter a audiência: pessoas conectadas do início ao fim do festival, engajadas e participantes. Nas plataformas online, a busca pela atenção é muito grande”. Entre as vantagens de uma edição no digital, Ramon ressalta que “a expectativa de público é maior, sem barreira geográfica.

O festival ainda fica disponível para ser assistido de qualquer lugar do Brasil e do mundo. Outro ponto positivo é a possibilidade da tela como experiência de criação”. O espetáculo “Destapando a boca da dor” da Cia Marginal de Teatro (MG), que abre a mostra no dia 22 de setembro, quarta-feira, às 20h30, foi produzido de forma independente, com ensaios online. Em um passado longínquo, três amigos fazem planos que nunca se concretizarão.

Já num futuro não tão distante, um arqueólogo-historiador pouco convencional busca fragmentos do passado, reconstituindo os passos para o caos absoluto no qual, se ele ainda não está, encontra-se próximo. Mediados pela tela, os artistas investigam os medos, incertezas e possibilidades que assombram em meio à realidade despejada diariamente sobre nossas cabeças.

Na categoria Experimentos cênicos, o público assiste à “Pega Visão” (Belo Horizonte/MG), “Relatos, o personagem muda a sua reação à história?” (Belo Horizonte/MG), “Filhas de Mariquinha” (Caetanópolis/MG), “Milagre secreto” (Belo Horizonte/MG) e “Zé tortinho e suas peripécias” (Belo Horizonte/MG). “O experimento cênico foi pensado originalmente para o palco, com duração de 15 minutos. Decidimos manter apenas o tempo e o formato.

A linguagem é livre para experimentação mediada pela tela, podendo ser sequência, palco, rua casa, editada com cortes ou não”, adianta Brant. Enquanto o experimento cênico lida com o desafio de manter a atenção do espectador por 15 minutos - que nas redes parecem a eternidade -, a categoria Cenas curtíssimas, contextualiza Ramon, “precisa chegar à síntese com uma narrativa que faça sentido em 1 minuto, dialogando com a linguagem do Instagram”.

Para a categoria Curtíssimas, foram sorteadas: “Tem Palhaça Menstruada” (Rio de Janeiro/RJ) e “Calma” (Belo Horizonte/MG), “O Peido que a Doida Deu” (São Paulo/MG) e “Sem ver para onde” (São João Del Rei/MG), “Horizonte Infinito” (Belo Horizonte/MG) e “Veneno Du Bom - Mi Bemol” (Belo Horizonte/MG), “Gatilho em Deleite” (Belo Horizonte/MG) e “Burgueses” (Belo Horizonte/MG), “Marasmo” (Belo Horizonte/MG) e “Calendoscopos” (Serra do Cipó/MG) Nos tempos em que o podcast está cada vez mais difundido, a proposta da Rádio Novela vem como mais uma possibilidade de experimentar linguagens. “A ideia é testar formatos para entender o lugar do som como texto”.

Compostas por tradução de libras (de Uziel Ferreira) e ilustrações da artista plástica Luciana Brandão, as radionovelas serão exibidas no youtube. Entre as previstas na programação estão “Irmã Cotinha em: Santa Quarentena” (Belo Horizonte/MG) com o ator Fernando Veríssimo conhecido por participação na novela Tititi, “Fragilidade” (Belo Horizonte/MG), “Sobre tormentas e cortinas” (Belo Horizonte/MG), “Fando e Lis” (Belo Horizonte/MG) e “Araruta” (Brasília/DF). As leituras dramáticas serão veiculadas no youtube e na aba vídeos do Instagram.

“São textos inéditos com o intuito de incentivar a experimentação da escrita e da dramatúrgica autoral”. Estão previstas: “Sala de Fotocópias (virtual) (Belo Horizonte/MG)”, “Do vigésimo andar” (São Paulo/SP), “Um caso de funeral” (Belo Horizonte/MG), “Eu queria estar na rua” (Belo Horizonte/MG), “Isso não é um navio imenso, é uma terra firme”(São Paulo - Contagem). Para a criação das obras apresentadas foram indicados pela equipe da mostra alguns artistas/mentores de acordo com o campo de atuação e categoria do trabalho proposto.

Os bate papos realizados ao final de cada dia da mostra serão mediados pelos artistas Neise Neves, Michele Sá, Rodrigo Antero, Flaviane Lopes, Lucas Costa e Thalita Motta. Eles acontecem ao vivo, na plataforma online zoom, e estão abertos para quem quiser participar (link de cada debate será disponibilizado diariamente na bio do instagram ou então pelo site da Mostra. 

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Desde 2011 com caráter de experimentação, a oitava edição traz 26 trabalhos -, sendo a maioria inéditos - criados por artistas do teatro originários de Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e interior de Minas.

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