São bem conhecidas as lacunas da historiografia da imprensa mineira, especialmente no que toca a publicação e circulação de seus papéis nas antigas províncias.
Para jogar luz ao imprescindível papel da imprensa para o desenvolvimento de Minas Gerais, a Academia Mineira de Letras apresenta, nos dias 30 e 31 de outubro, segunda e terça-feira, o Seminário “Compilador Mineiro, 200 anos”. O encontro é gratuito e conta com acessibilidade para Libras. Inscrições abertas neste link Os inscritos presentes receberão certificado de participação.
Fundado pelo padre e artista visual José Joaquim Viegas de Menezes, o Compilador Mineiro deixou sua marca na história da imprensa brasileira ao ser o primeiro periódico redigido e impresso na província de Minas Gerais, no ano de 1823. No entanto, o pioneirismo de seu editor não se restringiu a isso; anos antes da publicação do jornal, Viegas de Menezes, pelos conhecimentos que adquirira em Portugal, instituiu em Vila Rica (atual Ouro Preto) juntamente com o artífice português Manuel José Barbosa Pimenta e Sal, no ano de 1820, uma das primeiras tipografias brasileiras.
Com curadoria de Bruno Martins, Elton Antunes, Nísio Teixeira e Phellipy Jácome, o encontro reúne jornalistas e pesquisadores para duas conferências e quatro mesas de debate em torno de temas como a História e historiografia da imprensa e da leitura em Minas Gerais, Arquivos, acervos e digitalização de periódicos impressos, e Mídia, indústria cultural e sociedade. “Vamos discutir os 200 anos da imprensa mineira, o passado, o presente e o futuro do jornalismo e suas formas de produção e leitura”, convida Bruno Martins, professor associado no Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (DCS/Fafich/UFMG) e um dos curadores do seminário.
O encontro é resultado de uma parceria entre a Academia Mineira de Letras, o Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM), a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG (Fafich), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), Ex-Press - Grupo de Pesquisa em historicidades das formas comunicacionais, Escutas - Grupo de Pesquisa e Estudos em Sonoridades, Comunicação, Textualidades e Sociabilidade, e Temporona - Coletivo de ações em temporalidades e narrativas.
A atividade acontece no âmbito do Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 220355), realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e trezentos médicos cooperados e colaboradores – e da Cemig.