PEDRO NAVA – (1903 -1984)
Médico, escritor, poeta e memorialista brasileiro. Nasceu no dia 5 de junho de 1903, em Juiz de Fora (MG), e formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, em 1927. Ainda na década de 1920, tornou-se amigo de modernistas como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Colaborou para publicações como A Revista, organizada por modernistas mineiros. Clínico de renome, professor e membro de várias associações médicas brasileiras e estrangeiras, obteve reconhecimento literário a partir de 1972, com o início da publicação de suas memórias, pelas quais recebeu diversos prêmios. Suicidou-se no Rio de Janeiro, em 1984.
Características da escultura:
Altura: 1.75cm | Frente: 103cm | Largura: 55cm | Peso: 150 K
Localização: Rua Goiás, 46, Centro, Belo Horizonte/MG
“Compor com o açúcar é como compor com a nota musical ou a cor, pois uma e outra variam e se desfiguram, configuram ou transfiguram segundo os outros sons e os outros tons que se lhes aproximam ou avizinham. É por isso que tudo que se faz com açúcar ou se mistura ao açúcar pede deste a forma especial e adequada — que favoreça a síntese do gosto”.
Setentrião. In Baú de Ossos. 1972
“Todos os caminhos iam à Rua da Bahia. Da Rua da Bahia partiam vias para os fundos do fim do mundo, para os tramontes dos acaba-minas… A simples reta urbana… Mas seria uma reta? Ou antes, a curva? Era a reta, a reta sem tempo, a reta continente dos segredos dos infinitos paralelos. E era a curva. A imarcescível curva, épura dos passos projetados, imanência das ciclóides, círculo infinito… Nós sabíamos, o Carlos tinha dito. A Rua da Bahia era rua sem princípio nem fim. Descíamos. Cada um de nós era um dos moços do poema. Subíamos. Um moço subia a Rua da Bahia”.
Beira-mar. 1978