Entre os dias 2 de outubro e 15 de novembro, acontece o 5º Festival Camelo de Arte Contemporânea, na Casa Camelo, no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte. Dedicado ao fomento das artes visuais, o festival tem como proposta discutir e descentralizar o panorama emergente da produção artística local e nacional, ampliando perspectivas de experimentações artísticas, formação e difusão. A abertura da 5ª edição do festival acontece no dia 2 de outubro, quinta-feira, das 18h às 22h. Toda a programação é gratuita e inclui, ainda, oficinas, palestras, ações educativas para grupos escolares e uma publicação final com reflexões e registros do festival.
A publicação será organizada pelo professor do Departamento de Comunicação da UFMG, Eduardo de Jesus, pesquisador das relações entre imagem em movimento, espaço e território nos campos da arte e do cinema contemporâneo brasileiro. Idealizado pelo fundador da Casa Camelo, Luiz Lemos, em parceria com a sócia e produtora cultural Eloá Mata, ambos artistas, o 5ª Festival Camelo de Arte Contemporânea conta com curadoria de Camilla Rocha Campos, Fabíola Martins, Gabriela Carvalho e Luiz Lemos. Ao todo, esta edição do festival recebeu 305 inscrições e está com uma programação intensa que visa movimentar o cenário das artes visuais na cidade, aproximando artista, obra e público. O projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
O 5º Festival Camelo de Arte Contemporânea é composto por quatro exposições inéditas: Raízes d´água: confluências diaspóricas, de Hariel Revignet (Goiás); RUMA!, de Antônio Cigania (Minas Gerais); Cada Maloqueiro Tem um Saber Empírico, do projeto Visão de Cria (Belo Horizonte); e Plantação, de Roberval Borges (Piauí).
As exposições apresentam obras em linguagens como fotografia, pintura, vídeo e instalação, trazendo à tona questões ligadas à ancestralidade, memória, território, periferia e imaginários coletivos. A exposição Raizes d’água, de Hariel Revignet, reflete sobre as confluências a partir das sementes Mboy, também conhecidas como Lágrimas de Nossa Senhora, que trazem uma relação entre território e memória, principalmente sobre águas que se encontram.