Para resistir e lutar contra os projetos de devastação de seus territórios, os Tikmũ’ũn-Maxakali mantêm fortes os laços que unem sua língua, suas culturas e seus saberes sobre a Mata Atlântica. Em um gesto de reverência e cuidado com o meio ambiente, que visa fortalecer reflexões sobre a recuperação de terras indígenas, o Espaço do Conhecimento UFMG recebe, a partir desta terça-feira (15/07) a exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra”.
Anteriormente exibida no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a mostra chega ao museu e convida o público a mergulhar nos sonhos de preservação ambiental que conectam gerações. A exposição apresenta os resultados iniciais do projeto Hãmhi Terra Viva, fruto do encontro entre saberes ancestrais do povo Tikmũ’ũn-Maxakali e práticas da agroecologia, que já promoveu a restauração de 156 hectares de áreas degradadas e a implantação de 60 hectares de quintais agroflorestais.
Por meio de fotografias, cantos tradicionais dos espíritos yãmĩyxop e textos que contextualizam as ações realizadas pelo projeto, a mostra revela uma potente experiência de reconexão com a terra, a Mata Atlântica e a vida em comum. “Hãmhitupmã: alegrar a terra” estará disponível no hall do 5º andar do Espaço do Conhecimento, com visitação gratuita e livre para todos os públicos, até o dia 10 de agosto de 2025. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 17h, e aos sábados, das 10h às 21h.