Projeto Canjerê no Reinado – Edição Julho

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No sábado, 26 de julho, a partir das 18h, o Projeto Canjerê realiza mais uma edição especial no Reinado 13 de Maio, no bairro Concórdia, em Belo Horizonte. Com entrada gratuita, a programação conta com uma roda de conversa com Isabel Casimira Gasparino — Mestra da Cultura Popular de Belo Horizonte, Rainha do Congo de Minas Gerais e Rainha do Reinado 13 de Maio. O evento é realizado em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, ao Dia Nacional e ao Dia Municipal da Mulher Negra.

Na sequência, será apresentada a performance Ressonâncias Ancestrais, com Carlandréia Ribeiro, Robert Frank e Junim Ribeiro, em uma celebração das artes negras, das tradições populares e das memórias afro-diaspóricas.

Realizado pelo Instituto Cultural Casarão das Artes Negras, o Projeto Canjerê dedica sua edição de 2025 à valorização da cultura popular e tradicional com o ciclo Canjerê no Reinado, iniciativa contemplada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Ao longo do ano, estão previstas quatro edições especiais, que homenageiam mulheres negras mestras da cultura — reinadeiras, benzedeiras, mães de santo, parteiras, cozinheiras, raizeiras e festeiras juninas — por meio de rodas de conversa e saraus com artistas negras. A edição de julho propõe uma potente ocupação artístico-simbólica no Reinado 13 de Maio, reafirmando os laços entre fé, festa, resistência e criação.

Atrações

A noite tem início com a roda de conversa com Isabel Casimira Gasparino, herdeira da coroa de sua avó, Dona Maria Casimira, fundadora do Reinado 13 de Maio (em 1944), e de sua mãe, Dona Isabel Casimira das Dores. Isabel ocupa atualmente o posto de Rainha de Congo das Guardas de Congo e Moçambique 13 de Maio de Nossa Senhora do Rosário e da Federação dos Congados do Estado de Minas Gerais — cargo mais alto na hierarquia dos Reinos em atividade na região. É também co-diretora do filme A Rainha Nzinga Chegou, rodado entre Brasil e Angola, vencedor de prêmios como Melhor Longa-Metragem na Mostra de Cinema Negro Adélia Sampaio (Universidade de Brasília, 2019) e no 19º Festival Panorama Internacional de Cinema da Bahia (Salvador, 2019). A obra recebeu ainda Menção Honrosa no Prêmio Pierre Verger (Associação Brasileira de Antropologia, 2018), na categoria Filme Etnográfico. Isabel é pesquisadora, mestra de sua tradição, convidada do Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e responsável por diversos projetos voltados à preservação e continuidade de suas raízes culturais.

A apresentação Ressonâncias Ancestrais propõe um encontro sensível entre Brasil e África, por meio das vozes, gestos e narrativas de Carlandréia Ribeiro, Robert Frank e Junim Ribeiro. Com duração de 50 minutos, a performance é uma travessia sonora e poética que convida o público a acessar memórias e afetos ancestrais a partir de canções, palavras e musicalidades negras.

O multiartista Robert Frank, fundador da banda Pelos e integrante da Diplomattas, tem trajetória marcante também nas artes visuais e no cinema — atuou em filmes como Temporada, No Coração do Mundo e Hit Parade, e assina capas de livros e discos, além de pôsteres de obras como Marte Um. Suas criações transitam entre música, imagem e palavra, sempre a partir de uma perspectiva negra e periférica.

A atriz e arte-educadora Carlandréia Ribeiro é também curadora cultural, diretora de teatro e cinema e ativista. Tem atuação em projetos como Diálogo Transatlântico Brasil–Senegal, Cartografia da Memória e do Afeto e Corpo Preto Surdo: Nós Estamos Aqui. Premiada em iniciativas como Cena Minas, Festival de Brasília e Copasa/Sinparc, sua obra conecta arte, educação e negritude.

Junim Ribeiro, músico e violonista, é formado em musicoterapia pela UFMG, com especialização em Saúde Mental e mestrado em andamento na área de Promoção da Saúde e Prevenção da Violência. Sua atuação interliga arte, cuidado e saúde, por meio de uma escuta musical atenta às sensibilidades do corpo e da coletividade.

Instituto Cultural Casarão das Artes Negras

Criado em 2013, o Instituto Cultural Casarão das Artes Negras tem como missão valorizar e difundir a cultura africana e afro-brasileira, além de contribuir para o enfrentamento ao racismo na sociedade. Destaca-se em Belo Horizonte pela promoção de expressões artísticas como música, literatura, moda e culinária. O instituto realiza o Projeto Canjerê e outras ações culturais, além da publicação da Revista Canjerê, atualmente semestral. Mais informações estão disponíveis no Instagram: @casaraodasartesnegras.

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Reinado 13 de Maio
Rua Jataí, 1309 - Concórdia
Nordeste
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Canjerê no Reinado celebra a cultura negra com arte, memória e ancestralidade.

Entrada

Gratuito
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