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Palestra: YARA TUPYNAMBÁ - CCBB BH

Descrição

No dia 12 de agosto, quinta-feira, em que se celebra no Brasil o Dia Nacional das Artes, Yara Tupynambá se encontra com o público durante palestra Yara Tupynambá – o ouro de Minas, realizada no CCBB BH.

O evento - que integra a programação de comemoração de 8 anos da abertura do centro cultural em Belo horizonte -, também será transmitido ao vivo, a partir das 20h, no Youtube do @bancodobrasil. A artista plástica e maior muralista brasileira, que continua a produzir a todo vapor, faz um passeio por sua trajetória artística, revelando a diversidade de temas e técnicas na composição de suas obras, além de reflexões sobre o artista como um espelho do seu tempo. Yara vai comentar ainda sobre suas obras inéditas, relacionadas à natureza, atualmente expostas no prédio do CCBB BH (Praça da Liberdade – Belo Horizonte). O acesso ao evento é gratuito. A classificação indicativa é livre. Duração: 60 minutos. Este projeto tem o patrocínio do Banco do Brasil.

O Dia Nacional das Artes é comemorado anualmente em 12 de agosto, desde 1931, quando foi criada a lei nº 6.533 que regulamenta a profissão de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões e de 100 outras funções ligadas ao setor. A data celebra as atividades artísticas, que abrangem diversas áreas, como o teatro, o cinema, a literatura, o circo, a pintura e etc.

De acordo com a legislação brasileira, o artista é o profissional que cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública. Para Yara, ser artista vai além. “O artista plástico deve falar do ser humano e do mundo que o cerca, através do uso da imagem. Assim como o escritor fala sobre o meio que o cerca, o teatro da mesma forma.

A arte deve conter alguma coisa sobre seu tempo. Mas fazer algo pensando em Marte, por exemplo, eu acho um pouco ilusório”, brinca. Segundo o curador da artista, José Theobaldo Júnior, que fará a mediação da palestra, o público pode esperar “a história de Minas Gerais contada através dos murais da artista. Seus murais, painéis, as diversas fases de sua carreira, a cultura popular, por ela retratada, a fase em preto e branco, a Lito e xilogravura, a influência de Guignard em sua obra, a técnica da transparência. O lirismo poético das liras de Tomas Antônio Gonzaga contada através dos pincéis da artista “a Marília de Dirceu”. Os casarios coloniais, a vilas de Belo Horizonte, a arquitetura moderna, e a formação das cidades.

A imaginárias por ela retratadas, as festas de São João, São Pedro e Santo Antônio, enfim, ouro de Minas”, conta. Ao longo de 70 anos de uma trajetória premiada, com participações em salões nacionais e mostras internacionais, e mais de 2.000 peças produzidas e espalhadas por diversos espaços de Minas e do país, a artista reconhece a mineiridade expressa em suas obras. “Minas é minha pequena aldeia e é nela que encontro meu povo: nossa cultura popular e erudita, os signos e símbolos de Minas e sua geografia com as montanhas, os vales e campos rupestres. Foi minha vivência nas reservas ecológicas da Mata do Vale do Tripuí, da Floresta do Vale do Rio Doce, dos Campos rupestres da Serra do Cipó e das montanhas do entorno – ecossistemas que se contrapõem e se completam - que me permitiu trabalhar, ao longo do tempo, sobre esta riqueza natural que cobre o chão de Minas”, conta. Estas e outras paisagens do bioma mineiro podem ser vistas na exposição Yara Tupynambá – 70 anos de carreira, atualmente em cartaz no CCBB.

São 74 obras de diferentes fases da trajetória da artista, com temática ligada à natureza. Com obras que ultrapassam 1 metro de altura, a mostra reúne importantes quadros e gravuras de sua trajetória, além de série inédita - inspirada nos parques de BH, e iniciada quando Yara tinha 17 anos e recebeu as icônicas aulas do mestre Guignard. Dessa época vêm os primeiros registros do Parque Municipal, ao qual a artista retorna agora, 60 anos depois, para oferecer novos olhares e reavivar sua íntima relação com a natureza. “A arte é um documento de seu tempo. Ela tem uma função social. Faço o que faço pois estou em 2021.

Em 1960 fiz outras coisas. Cada época focalizei um período da minha história e do meu povo. Quando falo do gado, falo do meu povo. Artista é um ser mutante. Quem não vê um documento em Guignard?”, reflete. Outra obra inédita que integra a exposição é a série de jardins da casa da artista, com as plantas e flores por ela cuidadas, assim como sua visão da casa e dos jardins de Claude Monet, em Giverny, na França dos anos 80. “Meus jardins são meu privado, íntimo e pessoal, é aquilo que sinto. A arte do artista está naquilo que ele vive.

É a vivência que faz com que você trabalhe. Tantas cidades, tantos lugares, tantos objetos absolutamente mineiros que posso trabalhar sobre, que posso fazer evocações. Mas não posso trabalhar sobre o Ceará, por exemplo, pois não vivi essa realidade”, explica. De acordo com José Theobaldo Júnior, que também assina a curadoria da exposição, “o registro dos próprios jardins convida todos a preservarem o meio ambiente e de certa forma também se tornarem artistas, com criações cotidianas no jardim de seus lares. Já a tela, com releitura dos Jardins de Monet, valoriza a necessidade universal de cuidados com a natureza”. Para o curador, telas e obras da exposição, como um todo, “deixam um alerta de preservação e conservação ambiental”. “Uma trajetória artística admirável, da qual também nos sentimos parte, ao abrigarmos a exposição.

A realização deste projeto, além de festejar a importância do papel desempenhado por Yara no cenário das artes plásticas, confirma nosso compromisso em oferecer oportunidades para que a cultura encontre o melhor das pessoas”, explica Gislaine Tanaka, que neste ano tornou-se gerente geral do Centro Cultural Banco do Brasil.

A exposição podem ser vista de quarta a segunda, das 10h às 22h, mediante retirada prévia de ingresso online no site bb.com.br/cultura ou pelo Eventim (site ou app), e apresentação na entrada, por meio do QR Code no celular. Quem preferir ficar no conforto de casa, pode apreciar as obras da artista via tour virtual www.yaratupynamba.org.br

Localização
online
Horários
a
Para marcar a data, a artista fala, entre outros temas, sobre sua trajetória dentro das artes plásticas brasileiras. Além de presencial, a palestra terá transmissão ao vivo no Youtube @bancodobrasil, quinta-feira (12.08), com mediação do curador José Theobaldo Júnior.
Entrada
Gratuito
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