Cultura para quem gosta de andar a pé
Mesmo com todas as subidas e descidas, as ruas de Belo Horizonte convidam a caminhadas prazerosas. A pé, é possível conhecer as belíssimas edificações que compõem o Circuito Liberdade, um dos maiores circuitos culturais abertos do mundo; e ainda as atrações diversificadas e inusitadas do Centro e proximidades. Uma experiência cultural única.
Praça da Liberdade e Região da Savassi:
O complexo paisagístico e arquitetônico da Praça da Liberdade é uma síntese dos estilos que marcam a história da Capital. Com jardins inspirados no francês Palácio de Versalhes, a praça foi, por muito tempo, o centro do poder político mineiro. O local tornou-se o maior o complexo de museus e cultura da cidade e um dos maiores da América Latina quando edifícios do século 19 foram convertidos em centros culturais e museus com estrutura contemporânea e charme eterno: daí o Circuito Liberdade. Um dos lugares favoritos dos belo-horizontinos para passear. A praça fica pertinho da região da Savassi, onde opções de bares, restaurantes, lanchonetes e casas noturnas estão prontas para atender a todos os gostos.
Região Central
O cenário cultural de Belo Horizonte sempre foi rico e tem se modificado de forma constante. Nossos grupos de dança, teatro e música atravessaram as montanhas para ganhar o mundo, a exemplo do balé do Corpo, o teatro do Galpão e do Giramundo e a música do Clube da Esquina, para citar apenas alguns exemplos. Grupos populares e coletivos seguem expandindo a cena, trazendo nova vida a regiões redescobertas.
A tradicional Rua Sapucaí é um exemplo dessa reinvenção: o número de bares, restaurantes e espaços culturais que compõem seu circuito cresce e se diversifica a cada ano. A rua, que já oferece uma vista belíssima do centro, foi escolhida pelas idealizadoras do Circuito Urbano de Arte (CURA) para ser transformada no primeiro mirante de arte urbana do mundo. São 10 obras que podem ser admiradas a olho nu ou por meio das lunetas instaladas em 2018 pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur. Os ângulos captados pelos instrumentos óticos permitem a moradores e turistas viajar a uma nova perspectiva da capital. Os equipamentos têm uso gratuito e giram no sentido vertical e horizontal.
Para quem tem foco em espaços culturais, também estão na Região Central de Belo Horizonte:
- Palácio das Artes - Fundação Clóvis Salgado - um dos mais relevantes equipamentos culturais do Brasil. Com projeto original de Oscar Niemeyer, posteriormente adaptado por Hélio Ferreira Pinto, é o maior centro de produção, formação e difusão cultural de Minas Gerais e um dos maiores da América Latina. No local acontecem peças de teatro, shows, óperas e outras apresentações artísticas.
- Centro Cultural SESIMINAS - desempenha um papel especial ao acolher os circuitos nacionais e internacionais de eventos e espetáculos.
- Cine Theatro Brasil Vallourec - ocupa o edifício do mais tradicional cinema de rua belo-horizontino, que hoje abriga um centro de cultura completo, com infraestrutura técnica, conforto, acessibilidade e segurança.
- SESC Palladium - localizado em um ponto histórico no Centro de Belo Horizonte, onde funcionou o antigo Cine Palladium, é um dos mais bem equipados centros culturais do país.
- Sala Minas Gerais - a casa da Filarmônica de Minas Gerais fica no Barro Preto, pertinho do Centro, e é um espaço de escuta sensível, capaz de ampliar a experiência com a Orquestra. Vale uma visita mais demorada para admirar a arquitetura e os jardins do local.
Além dos espaços culturais, Belo Horizonte também conserva museus únicos:
- Museu Inimá de Paula - reúne acervo permanente dedicado ao pintor e desenhista Inimá de Paula, conhecido como o "o fauve brasileiro". Promove ainda mostras e exposições temporárias. Em frente à edificação, está a praça que abriga o monumento à famosa frase do compositor Rômulo Paes: “A minha vida é esta, subir Bahia e descer Floresta”.
- Museu da Moda - primeiro museu público de moda do Brasil, comparado por revistas especializadas aos melhores do mundo sobre o tema, realiza exposições próprias e recebe mostras estrangeiras. Ocupa um edifício de arquitetura neogótica, frequentemente confundido com uma construção religiosa e que foi inaugurado em 1914 para abrigar o Conselho Deliberativo da Capital e a primeira Biblioteca Pública Municipal.
- Museu de Artes e Ofícios - localizado na Praça da Estação, em uma edificação de arquitetura e beleza marcantes, conta a história de dezenas de atividades que deram origem à indústria de transformação em Minas Gerais e no Brasil. São 2,5 mil peças originais dos séculos XVIII ao XX.