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A cantora, compositora e sambista Aline Calixto apresenta no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas o show do seu mais recente trabalho, o disco infantil “Pontinhos de amor”, em que ela apresenta para a gente miúda as entidades e orixás da umbanda.

O disco tem produção do violonista Thiago Delegado. O show conta com bonecos do Giramundo, Geninha e Francisco, criados exclusivamente para o show. A única apresentação será no dia 17/9, sábado, às 17h.

Os ingressos  podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro ou no site eventim. A classificação é livre. A ideia de Aline Calixto para o disco veio a partir do nascimento de seu filho, Mäel.

A grande questão que afligia a cantora era mostrar para ele a sua religião de uma forma que a criança entende. Com leveza e por meio de brincadeiras.

A canções que falam sobre Orixás e as Entidades são sempre para adultos. “Meu filho foi o grande motor para fazer essa engrenagem funcionar. Foi buscando apresentar a ele canções que falassem dos Orixás e das Entidades que constatei a quase inexistência de conteúdos musicais sobre o tema voltados para o universo infantil.

Encontrei material audiovisual, literário, mas na música praticamente nada”, revela Aline. “Então resolvi colocar a mão na massa e produzir um disco que apresentasse esse universo religioso e cultural para as crianças”, lembra a artista. Enquanto estava grávida Aline não deixou de frequentar o terreiro e quando Mäel nasceu, o ninava cantando pontos de umbanda. “Pontinhos de amor” é o primeiro disco de Aline para o público infantil.

A cantora assumiu ser umbandista ainda jovem e o samba, naturalmente, chegou por meio das orações do terreiro. “Frequento terreiros de Umbanda desde a adolescência. Mas só mais velha, aos 26, é que entrei oficialmente para uma casa de Umbanda.

Acho que o que liga o samba, e de uma forma geral as religiões afro-brasileiras, passa pela música. Afinal de contas, o samba nasce dentro de um terreiro de Candomblé (para quem se interessa pelo assunto, leia “Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro, de Roberto Moura)”, explica a cantora. “Para mim, uma coisa puxou a outra, tudo meio amalgamado. Me conecto com o meu sagrado cantando dentro de um terreiro numa gira assim como em cima do palco”, observa Aline.

A musicalidade de ”Pontinhos de amor” foi construída com muito carinho e estudo. o alicerce principal foram as percussões criadas com base nos ritmos encontrados no candomblé de angola, que se unem às melodias e ”barulhinhos” desenhados por violão e teclados.