Palestra: "Resenhar é uma arte social" com Maria Aparecida Barbosa

No dia 17 de junho, segunda-feira, a partir das 19h30, a Academia Mineira de Letras (AML), dentro do programa Universidade Livre, recebe a palestra "Resenhar é uma arte social" que traz recorte sobre as críticas literárias de Walter Benjamin a partir do olhar da professora pesquisadora Maria Aparecida Barbosa. 

Ao final da palestra, sob a moderação da pesquisadora Sabrina Sedlmayer, a professora conversa sobre o Livro Walter Benjamin Literatura, que assina a organização, prefácio e tradução. Não é necessária inscrição prévia. 

O acesso é gratuito. A palestra possui interpretação em Libras e acontece no âmbito do Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 235925), realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e seiscentos médicos cooperados e colaboradores. “Abrir um livro sobre a mesa e a partir da leitura partilhar indagações e reflexões: a crítica literária é isso!”, reza um dos textos da antologia Walter Benjamin Literatura, organizado e traduzido por Maria Aparecida Barbosa: “embora seja um crítico perspicaz e criativo por excelência, essa feição de sua obra ainda não tinha sido apreciada e traduzida ao português brasileiro”, diz a professora. 

Referência nas áreas do conhecimento Letras e Artes, Ciências Humanas, Ciências Sociais, mais marcadamente nas bibliografias dos cursos de Filosofia, História, Comunicação Social e Sociologia, Maria Aparecida Barbosa apresenta esse outro viés da obra de Benjamin. 

A palestra aborda os critérios que predominaram na seleção dos 65 textos que compõem o livro Walter Benjamin Literatura: “Como essa crítica nos tangencia e nos aborda como sujeitos nas resenhas, nos artigos literários e ensaios estéticos”, reflete. Após a palestra, tem início uma conversa aberta ao público, entre Sabrina Sedlmayer e a palestrante sobre o livro Walter Benjamin Literatura. 

Além da organização, prefácio e tradução de Maria Aparecida Barbosa, a obra tem participação na tradução de Georg Otte e Rita Jover-Faleiros, revisão de Werner Heidermann, e texto de orelha de Susana Kampff Lages. Florianópolis, SC: Cultura e Barbárie, 2023. “Por que o nome do escritor Walter Benjamin permanece tão presente nas recomendações de leitura 83 anos após sua morte? 

Ora, sua eclética obra é imbuída de um imenso poder de resistência política contra arbitrariedades e se correlaciona com uma série de acontecimentos históricos do Século XX: as duas grandes guerras, a ditadura fascista na Alemanha, as perseguições aos judeus e a outros povos, o sionismo, os conflitos do Oriente Médio e, direta ou indiretamente, também com outros conflitos atuais”, afirma.