Literatura, música e dança reunidas para celebrar a riqueza do Brasil e enaltecer a força de uma obra-prima.
“Fernão Capelo Gaivota”, clássico da literatura mundial, é uma ode à liberdade de alçar voos cada vez mais distantes e é este o sentimento que inspira o espetáculo homônimo que a Orquestra Ouro Preto e participantes do Programa Vale Música estreiam no dia 14 de julho, às 20h, no Grande Teatro do Sesc Palladium.
A mistura potente da arte de diferentes cantos do país se tornou realidade em uma elogiada produção audiovisual, que agora ganha os palcos com a primeira parada em Belo Horizonte.
Cantata cênica para coro infantil, balé e orquestra, a montagem rompe as fronteiras geográficas conectando a formação mineira a jovens artistas do Programa Vale Música, projeto autoral do Instituto Cultural Vale. “Fernão Capelo Gaivota”, best-seller escrito por Richard Bach, narra a história de uma gaivota para a qual voar não seria simplesmente um ato para se locomover.
Voar é uma arte e, como tal, deve ser treinada, praticada e compartilhada com os demais, gerando grandes transformações.
Uma história sobre a liberdade, a aprendizagem e o amor, que recebe as notas orquestradas nessa adaptação assinada pelo maestro Rodrigo Toffolo e que conta ainda com nomes de peso como Tim Rescala, autor da música original, e a narração conduzida pela doce voz da atriz Nina Vogel.
Para o maestro Rodrigo Toffolo, será uma experiência ímpar presenciar a diversidade da arte brasileira em um projeto tão inovador. “Sempre achei que esse é daqueles livros que todo mundo deveria ler na vida. Ele tem uma mensagem muito importante sobre a liberdade, o amor e a beleza de acreditar em si mesmo.
Esse projeto é um sonho realizado, que mostra a potência da história de Fernão Capelo através da música, do canto e da dança.
É um projeto lindo, motivo de muito orgulho para todos nós e o brilho nos olhos desses jovens músicos e bailarinos espalhados pelo Brasil comprovam que as possibilidades são sim, infinitas.
Assim como a paixão por voar transformou Fernão, acredito que a paixão pela arte e pela música pode transformar as pessoas”, afirma o maestro.
Para Márcia Rolon, coordenadora do Instituto Moinho Cultural Sul- Americano (MS), projeto que deu origem à Cia. de Dança do Pantanal e é um dos polos do Vale Música, esse trabalho foi desafiador, mas promete um resultado esplêndido. “Essa busca pela perfeição, presente em Fernão Capelo Gaivota, é algo que nós, bailarinos, perseguimos constantemente, por isso também nos identificamos tanto com esse trabalho.
A música é leve, é suave, é alegre, é infantil e ao mesmo tempo muito profunda.
Ela fala de diversidade e traz todos os pontos da história do livro de uma maneira muito concreta, é uma leitura musical”.