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No dia 5/4, sábado, às 20h, o palco do Teatro Marília (Av. Prof. Alfredo Balena, 586 - Santa Efigênia) recebe o espetáculo "Coração Tambor", do projeto “Beth Leivas e Trio convidam Manu Dias”. O show, que terá em seu repertório canções autorais, sambas e da clássica mpb, é uma celebração de fé, ancestralidade e força. “Na apresentação, vamos reverenciar os caboclos e espíritos indígenas brasileiros, cultuados na Umbanda e no Candomblé”, diz Manu Dias. Beth Leivas completa afirmando que “o show é uma homenagem à conexão com a natureza, à sabedoria ancestral e à força espiritual que guia os caminhos”. 

Os ingressos podem ser adquiridos no site da Sympla ou na bilheteria do teatro. A classificação é livre. Como canta Fabiana Cozza em sua participação na canção “Principia”, do álbum Amarelo, de Emicida, “tudo que bate é tambor e todo tambor vem de lá. Se o coração é o senhor, tudo é África”, dessa forma, Manu e Beth pretendem mostrar para o público que o bater do coração é no ritmo da fé que vem de lá, de África. Com raízes profundas nas religiões de matriz africana, Beth Leivas, rainha do Congado, e Manu Dias, tem o samba como bandeira e estilo de vida, se conectam aos seus ancestrais para celebrar a vida e a cultura. “Vamos colocar no palco do teatro, espaço europeizado, a cultura preta, africana, por meio da religião. Este show, além de uma profissão de fé, é um grito de liberdade para nós, pretos, podermos vivenciar nossa cultura religiosa sem medo”, observa Manu Dias.

 "Coração Tambor", que terá canções de Manu Dias, Beth Leivas, Dé Lucas, Sérgio Pererê, Sérgio Santos, Paulo César Pinheiro, entre outros, é um convite para um banho de axé, uma conexão com o bem, a energia positiva e o poder de transformação da música por meio da fé. “Queremos, Manu e eu, mostrar para o público que as africanidades estão em tudo dentro da cultura nacional. Nós a vivenciamos todo o tempo, quando comemos, quando cantamos, quando rezamos. Mesmo quem não segue as religiões preta, sentem o corpo vibrar quando o tambor toca”, atesta Beth Leivas. O espetáculo é uma celebração da vida, da música e da ancestralidade, as artistas cantam a força, a esperança, a alegria, a história e o amor que definem suas trajetórias, guiadas pelos pretos velhos, os orixás e o Pai Oxalá.