Bar da Lora

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Com um dos cardápios mais premiados do icônico Mercado Central, o Bar da Lora segue uma tradição de duas gerações, tendo em sua administração hoje a primeira mulher a ser dona de um bar no principal mercado da cidade.

Mercado Central, loja 115 - centro, Belo Horizonte - MG

 

CONTATO

(31) 98305-1458

 

 

“Eu passei muito aperto para assumir o bar, porque fui a primeira mulher a chegar como dona de bar no Mercado Central. Mulher não trabalhava em bar ou em restaurante aqui, então eu fui muito boicotada.”

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  Muitos moradores de Belo Horizonte concordariam que o Mercado Central, mais do que um clássico ponto de visitação, é um dos acontecimentos que melhor resumem o que é ser mineiro e belo-horizontino. Lá encontramos uma vitrine do que há de melhor em Minas Gerais, entre uma variedade estonteante de cachaças, queijos e cafés, dos mais longínquos locais do estado. Encontramos também uma bela e diversa expressão do povo da cidade, misturado aos visitantes de toda parte.

  Entre lojas de macumbarias, ervas, artesanatos e pimentas, passamos por utensílios domésticos, galinhas, avestruzes e lanchonetes. Mas, em cada entrada, muitas vezes vemos um bar. Democráticos pontos de encontro no centro da cidade, seus garçons gritam dos balcões competindo pela atenção do público passante, que vez ou outra aceita uma gelada e um fígado acebolado na chapa.

Entre os mais célebres desses bares, encontramos o Bar da Lora, loja 115, perto da entrada da rua Santa Catarina. Fundado em maio de 1973, com o nome de Lumapa (junta-junta das sílabas iniciais dos sócios Lucas, Márcio e Paulo, respectivamente tio, primo e pai da atual dona, Eliza), o bar acumula mais de cinco décadas de serviço prestado aos clientes do Mercado Central. Apesar do nome de batismo, o local sempre foi chamado de “Bar do Paulinho” pelos fregueses e demais lojistas, honrando seu mais assíduo dono, Paulo, que tocou o negócio por 31 anos, depois de uma longa trajetória anterior trabalhando em botequins e bares da cidade.

 
  Quando o pai quis aposentar, Eliza abandonou a carreira no setor financeiro de uma empresa de terceiros para assumir o empreendimento da família. Ao chegar ao mercado, ouviu e sentiu tudo que uma mulher teria que sentir para assumir um bar ali, marcas de um preconceito que já nem fazia sentido para o início dos anos 2000. Muitos desacreditaram, muitos desafiaram, mas a “Lora” deu de ombros e mostrou a que veio. O reconhecimento do seu talento veio pouco tempo depois: no primeiro ano participando do tradicional Comida di Buteco, levou o quinto lugar, e a consagração foi no ano seguinte com o pódio da competição municipal! Os que antes implicavam agora convidavam para parcerias. O antigo Bar do Paulinho consolidou-se como Bar da Lora: um sucesso de público, premiações e cobertura midiática que aumenta o talento e o carisma da dona, ao mesmo tempo que deles se alimenta. 

  Ela cuida da clássica unidade do Mercado Central e de mais duas lojas com apoio do irmão e do filho, que completam a segunda geração de sócios no ramo. No mercado, porém, você vivencia uma aula da culinária popular do centro de Belo Horizonte, com os clássicos que são feitos ali desde quando o mercado ainda não tinha cobertura e mais parecia uma feira de rua, como o fígado acebolado, somados aos vários pratos premiados e deliciosos que a Lora cria: “quando cheguei ao Mercado, o bar só servia fígado, pernil e mais duas ou três porções, hoje o cardápio é bem maior, tem umas 15 variações”. 

  Quer receber uma aula do que é comida de mercado? Eis aqui uma oportunidade incontornável: cerveja gelada, comida de chama, caldo e tudo mais que o botequeiro pede. E pode esperar que, hora ou outra, a Lora passa na sua mesa pra oferecer a hospitalidade que Minas Gerais mais ama. 

André, neto do fundador e sucessor direto do seu pai, Luiz Fernando, e do seu tio, João Lúcio, é o atual administrador e garante que cada deta- lhe esteja como esperado para os novos e antiquíssimos frequentadores. Desde a cozinha, sempre movimentada, até o serviço impecável de chope, a dedicação da família é evidente, e é refletida nas paredes do bar, decoradas com prêmios que atestam a qualidade e a relevância do Café Palhares na cena gastronômica da cidade.

Com 86 anos de existência, o Café Palhares continua a ser um refúgio da memória afetiva em pleno Centro da cidade, resgatando uma saudo- dosa sensação mesmo naqueles que não viveram os tempos de sua origem. Hoje, passou por uma ampliação, contando com mesas na calça- da, o que garante maior rotatividade de clientes que podem contar com mais conforto na sua estadia. É um dos raros bares com a honra de ter um ponto de ônibus na porta com seu nome, confirmando a parada obrigatória ali para moradores e turistas.

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Descritivo
Uma instituição da gastronomia de boteco, comandada por Eliza, a Lora. É um ambiente democrático e acolhedor, com pratos clássicos premiados, como o fígado acebolado com jiló na chapa, ideais para serem apreciados em pé no balcão em meio ao ponto turístico mais icônico de BH, o Mercado Central.