Taberna Baltazar

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A Taberna Baltazar, com sua rica história de mais de 30 anos, é um símbolo da gastronomia e da tradição em Belo Horizonte, onde as heranças portuguesa e mineira se entrelaçam em cada prato e em cada detalhe do ambiente.

Rua Oriente, 571 - Serra, Belo Horizonte - MG

 

CONTATO

(31) 97145-7597

 

 

“A gente abriu (o atual endereço do restaurante) antes da obra acabar, só uma portinha, pra não deixar os clientes de copo na mão. Logo o movimento foi ficando bom e o povo, que não tinha lugar pra sentar lá fora, começou a querer sentar aqui dentro, mesmo com tudo fechado, cheio de engradado. Então a gente devia ser legal, né? Os butequeiros todos vindo pra cá assim.”

Flávia Baltazar

  A Taberna Baltazar é um pedaço de Portugal em Belo Horizonte. Localizada no bairro Serra, o bar, que antes era uma mercearia, foi construído sobre alicerces que unem as tradições mineiras e portuguesas. Mesmo sendo conhecida como uma das principais referências da culinária portuguesa na cidade, a Taberna Baltazar orgulhosamente se reconhece como bar, local onde as pessoas vão para relaxar e tomar uma cerveja, saboreando um tira-gosto no final do dia ou nos finais de semana.

  A história da Taberna Baltazar começa com dois adolescentes que vieram de Portugal, mas que ainda não se conheciam. A família Baltazar saiu do interior de Portugal e, em 1919, aos 13 anos, Aurélio Baltazar chegou à capital mineira para trabalhar na mercearia do primo, localizada na Rua Professor Estevão Pinto, no bairro Serra. Já em 1962, Tereza Caetano chegou a Belo Horizonte aos 14 anos. Os dois se conheceram em uma festa da comunidade portuguesa, se casaram e, com muito esforço, compraram a mercearia do primo de Aurélio.

  Quase todos os produtos existentes na época eram encontrados na pequena mercearia. Enquanto Aurélio e Tereza atendiam os clientes, as filhas do casal acompanhavam os pais no trabalho desde crianças; a mais nova, ainda bebê, ficava em caixas de pão. Com o passar do tempo, Tereza aprendeu sozinha e introduziu a parte gastronômica do lugar, oferecendo café da manhã, almoço e, à noite, opções de tira-gosto. O esforço era palpável: mesmo trabalhando 16 horas por dia, Dona Terezinha era conhecida por sempre dar um jeito de entregar quase tudo que os clientes pediam, seja cozinhando algo fora do cardápio ou comprando em outro comércio e revendendo. O carinho de Aurélio e Tereza pelos clientes foi recíproco, e a prova disso é que muitos dos frequentadores são fiéis à Taberna até hoje.

O negócio cresceu e a oportunidade de mudar de terreno apareceu. O casal passou mais de 10 anos juntando recursos para construir o espaço que abrigaria o novo endereço do negócio, na Rua Oriente, número 571, no mesmo bairro. Corajosamente, Dona Terezinha aceitou o desafio de fornecer alimentação para os trabalhadores que construíam o enorme Parque das Mangabeiras, o que ajudou a financiar parte da obra. Na nova localização, a mercearia logo enfrentou a concorrência das redes de supermercados, mas os pratos de Tereza foram a salvação, transformando vagarosamente o espaço em um bar de salão, onde se comia cada vez melhor. Até hoje, D. Terezinha acompanha de perto e treina os funcionários da cozinha, para garantir a qualidade e o sabor dos pratos que se tornaram clássicos da cidade.

  Uma vez transformado em bar e restaurante, D. Terezinha decidiu atender aos pedidos dos clientes e correr atrás de aprender a preparar bacalhau para servir. Ela e Seu Aurélio vêm de regiões de Portugal onde não havia o hábito de comer o peixe. Ela correu atrás e, sem medo de errar, preparou um bacalhau pela primeira vez para servir no bar. Ouviu as opiniões dos clientes, estudou o que pôde, viajou para São Paulo para negociar com fornecedores os melhores peixes e criou o prato que é servido até hoje. Com o talento e a simpatia de Tereza, e o jeitinho ranzinza e carismático de Aurélio, o improviso deu lugar a um bar cada vez mais consolidado.

  A história da Taberna foi construída por muitas mãos, com cooperação de familiares, amigos e clientes, sempre prontos para ajudar. O bar sempre foi um lugar de acolhimento para todos os tipos de fregueses, e até hoje os clientes mais antigos se referem ao local como “Aurélio”. Mesmo com as dificuldades ao longo dos anos, principalmente com a perda do patriarca, a Taberna Baltazar continua firme, com Tereza e as filhas Flávia e Izabel na gerência.

  Com eventos como a Festa de Santo Antônio, que celebra as tradições portuguesas, e participação em festivais gastronômicos, a Taberna nunca deixou de ser um destaque em Belo Horizonte. A gastronomia inconfundível é marcada pelo respeito às receitas tradicionais, sem atalhos. Nada é industrializado: os cozinheiros utilizam alho, cebola e muita paciência para garantir que tudo tenha o sabor fiel à herança portuguesa de Seu Aurélio e Dona Terezinha. Além do bolinho de bacalhau que é considerado como um dos melhores da cidade, a Taberna também tem galeto na brasa às terças-feiras e a sardinha na brasa, importada de Portugal e servida no último sábado do mês. As receitas brasileiras, como a tradicional feijoada aos sábados e o sanduíche de filé com queijo Canastra, também se destacam e deixam qualquer um com água na boca!

  Para conhecer o que se melhor cozinha em Minas com a tradição portuguesa, na companhia da boa e velha cerveja gelada, este é o bar! Um dos melhores que temos! 

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Descritivo
A origem portuguesa dos donos atravessa continentes e nos impacta, do impecável atendimento de salão com a presença das donas e de garçons bem vestidos, ao tempero inigualável. O bolinho de bacalhau de Terezinha é reconhecido como um dos mais saborosos da cidade, e a limonada suíça também chama a atenção.