Com mais de 85 anos de história, o Bola Bar é um dos botecos mais tradicionais de Belo Horizonte. O bar oferece mais de 40 opções de petiscos, como três versões diferentes de jiló. Sem música ou televisão, aqui os protagonistas são a cerveja gelada e o atendimento caloroso.
No movimentado bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte, o Bola Bar é um exemplo vivo da tradição dos botecos mineiros. Com 85 anos de história, o bar passou por várias transformações, mas preserva sua essência como um lugar de encontro para gerações de frequentadores.
Fundado inicialmente como Bar e Mercearia Progresso na década de 1930 por Zé Delfino, dono do imóvel, o bar foi adquirido em 1972 por Ademir e Luizinho, ganhando o nome pelo qual é conhecido até hoje: Bola Bar.
Desde a inauguração, o Bola Bar manteve sua estrutura tradicional. Um dos destaques é a estufa, considerada uma das mais antigas e exuberantes de Minas Gerais, que exibe com muito orgulho mais de 40 opções de petiscos, preparados seguindo receitas familiares, transmitidas ao longo dos anos e disponíveis do amanhecer até o fechamento da cozinha, às 2h da madrugada. Entre as delícias oferecidas, estão o bolinho de carne, os três tipos de jiló — puro, empanado e bolinho —, a famosa batata corada (que já se tornou um clássico local), pimentão e abobrinha recheados, couve flor empanada e frita, língua e até mesmo coelho! Sem música ou televisão, o bar chama atenção pela cerveja estupidamente gelada e os diversos petiscos.
O estabelecimento também se orgulha da sua rica coleção de cachaças, que é um tesouro e tanto! A prateleira atravessa toda a parede do salão com os mais variados títulos, mantendo a memória dos tempos de mercearia.
Muitos dos clientes que frequentam o Bola são descendentes dos primeiros frequentadores do local. “O Bola Bar é uma segunda casa. Hoje tem neto de cliente original frequentando o bar”, comenta o atual proprietário, Zé Afonso, que trabalha no bar desde 1989, tendo sido sócio de Luizinho a partir de 2013. Desde 2021, com a morte de seu irmão, Ademir, ele comanda o bar com o apoio de seus fiéis funcionários.
Mesmo com o passar dos anos, o estabelecimento continua se destacando pela sua autenticidade e pela capacidade de preservar a tradição de boteco. A trajetória do bar é marcada por sua continuidade familiar e pelo atendimento caloroso que angaria clientes cativos há décadas.
Além do funcionamento contínuo, o Bola Bar é conhecido pelo clima familiar que fez do local um ponto de encontro do bairro. Muitos moradores do Padre Eustáquio decidem comemorar seus aniversários ali. O bar se tornou um verdadeiro refúgio na região. Um lugar onde os clientes podem sentar, tomar uma cachacinha, ler um jornal e ver a vida acontecer ao redor. Além disso, pessoas de todos os cantos da cidade, assim como turistas na cidade, aparecem por ali, atraídos pela fama do ambiente e pelo padrão exemplar da comida, garantido pelo acompanhamento diligente de Zé Afonso. Localizado em uma das esquinas mais movimentadas da Rua Padre Eustáquio, a principal via de acesso à Região Noroeste, o bar se beneficia da grande circulação e se tornou uma parada obrigatória para quem aprecia a boemia mineira.
André, neto do fundador e sucessor direto do seu pai, Luiz Fernando, e do seu tio, João Lúcio, é o atual administrador e garante que cada deta- lhe esteja como esperado para os novos e antiquíssimos frequentadores. Desde a cozinha, sempre movimentada, até o serviço impecável de chope, a dedicação da família é evidente, e é refletida nas paredes do bar, decoradas com prêmios que atestam a qualidade e a relevância do Café Palhares na cena gastronômica da cidade.
Com 86 anos de existência, o Café Palhares continua a ser um refúgio da memória afetiva em pleno Centro da cidade, resgatando uma saudo- dosa sensação mesmo naqueles que não viveram os tempos de sua origem. Hoje, passou por uma ampliação, contando com mesas na calça- da, o que garante maior rotatividade de clientes que podem contar com mais conforto na sua estadia. É um dos raros bares com a honra de ter um ponto de ônibus na porta com seu nome, confirmando a parada obrigatória ali para moradores e turistas.
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